quinta-feira, 23 de outubro de 2008

ALVA FERA (VAMPIRESCA SOLAR)


Era leite que eu queria...
Não qualquer leite!
Leite de vaca...
Da vaca da minha vizinha!!!
Grávida de oito meses,
Seus lindos seios
Mais lindos se mostravam,
Quase estourando
(Tal qual bexigas cheias d'água
Em brincadeiras infantis
De uma quente tarde de verão)

Por de trás da cortina
Da janela da cozinha,
Masturbava-me todas as manhãs,
Vendo a futura mãe passar,
Passear com seus robustos
E róseos melões-leitosos!

Aquilo me perturbava...
Passou a me possuir
O desejo por seu leite!
E, aos poucos,
Comecei a invejar mortalmente
Aquele pequeno feto
Que já se preparava para
Irromper sua vulva inchada
(Que igualmente devia ser
Deliciosa, assim como suas tetas)

Maquiavelicamente,
Passei a arquitetar
Um obscuro plano:
Queria ser a dona das
Suculentas e tentadoras
Glândulas mamárias
De minha vizinha prostituta!

O bastardinho em seu útero,
Que já não teria pai,
E amargaria a sina de ser
Um filho da puta (literalmente),
Também seria privado do sabor
Do leite materno,
Pois os ubres de sua genitora
Estariam em meu poder
No dia de seu nascimento...

E assim, fui pondo em prática,
Minhas sombrias fantasias...
Faca amolada, porrete lustrado,
Esperei-a voltar da padaria
(Pois desta vez, não me tocava na cozinha)
Acertei-lhe com uma paulada
E, com ela ainda acordada,
Arranquei-lhe sua blusa suada,
Livrei-a de seu sutiã enorme,
E passei, junto ao abdôme,
A lâmina de minha faca espelhada...

E, como um ermitão perdido no deserto,
Que acabara de achar um oásis,
Deliciei-me com seu leite,
Apertando suas grandes tetas
Que não mais lhe pertenciam
Pois já estavam em minhas mãos!

Seus gritos serviram de trilha sonora
Ao meu êxtase prazeroso, leitoso...
Suguei dos dois gordos bicos
O líquido branco, enquanto meus braços
Eram banhados pelo sangue que escorria
Misturado a gordura, de dentro das esferas
Que felicíssima eu empunhava!...

Há doze dias ela não tem mais seios.
Está em choque, na psiquiatria.
O feto morto já fora expurgado
Em meio ao lixo hospitalar,
Pois tamanha dor lhe causara aborto!

E eu aqui, ainda sinto o gosto
Do cremoso e quente líquido viscoso...
O mais puro e delicioso colostro,
Que me saciou por algumas horas
De minha sádica e pecaminosa sede...

E agora, cá estou eu em frente
Ao posto de saúde do meu bairro,
Esperando ansiosa a saída das grávidas
A fim de escolher uma nova vítima
Que me doe as tetas e me mantenha viva!

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