segunda-feira, 27 de outubro de 2008

GERMES DE CEMITÉRIO


Eu quero dedos sujos,
Com terra sob as unhas...
(Terra de cemitério)
De dedos esfolados, surrados.

Quero mãos imundas
Com calosidades mil,
Com braços bem suados
Exibindo densos pêlos...

E tais dedos pútridos,
Profanadores de tumbas,
De tais mãos judiadas,
Dos ditos braços cabeludos

Quero sentir entrando,
Penetrando insanamente
Minha bucetinha limpinha,
Cuidadosamente banhada.

Arrancando dela o perfume
De creminhos de farmácia,
E deixando-lhe ensanguentada
Tamanha força dispendida!

Cansei-me dos cavalheiros,
De pentelhos aparados
E com pênis cheirando a talco,
Com suas unhas bem lixadas!

Pois eles, senhores gentis,
Têm ejaculação precoce!
Não dominam a arte de foder,
Nem tampouco me dão prazer.

Com os sujos sei que gozarei!
Meus orgasmos só virão
Quando eu sentir o meu útero
Habitado por germes de cemitério!

2 comentários:

Luis disse...

Poema legal. É sempre bom ver pessoas dedicadas ao Gore e sem medo de mostrar pervercidade e escatologia. Meus parabéns, dificil ver o sexo feminino nessa empreitada (bem pelo menos eu não conheço muitas). Abraços e até (só não achei o link de seguir teu blog, mas tudo bem)

Anônimo disse...

Poemas fodas os seus,parabens.