Trabalhando na funerária
Despertei para o prazer
Não era apenas uma funcionária
Mas uma puta a se entreter
Eram tantos e tantos os corpos
Bonitos, e tão desamparados
Que aprendi a amar com os mortos
Até mesmo os mutilados
As mulheres que morriam
Deitadas sobre o inox frio
Tinham suas vulvas que escorriam
Como fêmeas fazem em seu cio
E eu as lambia, as possuía
Com meus dedos de unhas fortes
E de prazer me contorcia
Sentindo arranhar suas mortes
Dos cadáveres masculinos
Decepava seus falos rijos
Dos grandes aos pequeninos
Dos secos aos cheios de mijo
E os metia em minha buceta
Até sentir-me bem saciada
Também fazia-lhes chupeta
E arrancava os paus com uma facada
Virava os homens mortos de costas
E com seus próprios pênis os penetrava
Até arrancar-lhes nacos de bosta
Que em suas bocas esfregava
Mas um dia fui pega pelo patrão
Enquanto chupava uma menina assassinada
E fui levada em um camburão
Depois de por ele ser estuprada
Hoje sou uma necrófila conhecida
Vivendo saudosa em minhas recordações
Presa em uma cela mofada e fedida
Masturbando-me e desejando novas lacerações.
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