terça-feira, 17 de abril de 2007

FUNÉREA


Trabalhando na funerária
Despertei para o prazer
Não era apenas uma funcionária
Mas uma puta a se entreter

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Eram tantos e tantos os corpos
Bonitos, e tão desamparados
Que aprendi a amar com os mortos
Até mesmo os mutilados

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As mulheres que morriam
Deitadas sobre o inox frio
Tinham suas vulvas que escorriam
Como fêmeas fazem em seu cio

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E eu as lambia, as possuía
Com meus dedos de unhas fortes
E de prazer me contorcia
Sentindo arranhar suas mortes

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Dos cadáveres masculinos
Decepava seus falos rijos
Dos grandes aos pequeninos
Dos secos aos cheios de mijo

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E os metia em minha buceta
Até sentir-me bem saciada
Também fazia-lhes chupeta
E arrancava os paus com uma facada

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Virava os homens mortos de costas
E com seus próprios pênis os penetrava
Até arrancar-lhes nacos de bosta
Que em suas bocas esfregava

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Mas um dia fui pega pelo patrão
Enquanto chupava uma menina assassinada
E fui levada em um camburão
Depois de por ele ser estuprada

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Hoje sou uma necrófila conhecida
Vivendo saudosa em minhas recordações
Presa em uma cela mofada e fedida
Masturbando-me e desejando novas lacerações.

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